O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) tem se distanciado da liderança de seu pai, Jair Bolsonaro, e busca consolidar uma ala mais radical do bolsonarismo, com foco em ideais conservadores e sem alianças com o centrão. Desde fevereiro nos Estados Unidos, ele articula com líderes da ultradireita internacional e já conta com o apoio de 20 a 30 deputados que compartilham sua visão política.

Eduardo cogita lançar-se candidato à Presidência em 2026, mesmo que isso implique em contrariar o apoio de seu pai ao governador Tarcísio de Freitas (Republicanos). Ele acredita que a eleição de Tarcísio representaria o fim do bolsonarismo como movimento político.

O deputado também defende uma anistia ampla para os envolvidos nos atos de 8 de janeiro, postura que tem gerado atritos com aliados e resistência no Congresso, Judiciário e Executivo. Além disso, mantém divergências com o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, e com outros líderes do centrão, que criticam sua postura radical e divisiva.

Com a prisão de Jair Bolsonaro desde agosto, Eduardo busca manter viva a chama do bolsonarismo, visando fortalecer sua base para as eleições de 2030.